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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Pinguim

Características

Pinguim, nome comum de qualquer uma das diversas aves aquáticas não-voadoras do hemisfério sul, que recebem também o nome de pássaros-bobos. Em sua maior parte, vivem na Antártida e em algumas ilhas subantárticas da Nova Zelândia. Mas podem viver em regiões situadas no sul da África, Austrália e América do Sul. A maioria dos pinguins tem o peito branco e o dorso e a cabeça negros.
Devido ao fato de suas patas estarem colocadas muito para trás, assumem uma posição ereta quando estão em terra. Em cada pata existem quatro dedos, três dos quais unidos por uma membrana. A plumagem é densa, lisa e gordurosa, sabem também escapar depressa de seus principais inimigos - tubarões, baleias e, sobretudo, as focas-leopardo. Pesam de 15 a 35 kg e podem viver de 30 a 35 anos.

Reprodução

Em certa época do ano, os pingüins dirigem-se à terra (plataforma de rocha ou gelo), para depositar os ovos. A fêmea deposita um ovo, raramente dois. A forma do ninho varia, segundo a espécie do pingüim: alguns cavam uma pequena fossa, outros constroem os ninhos com pedras e há aqueles que colocam o ovo sobre as pregas da pele sobre os pés.
Entre os casais de pinguins existe a fidelidade, e o divórcio acontece somente em 25% dos casos, a causa de tanta separação é devido à má reprodução.

Vida na água

Na água do mar, estão sempre fazendo muito barulho e sempre reunidos em grupos numerosíssimos. Realizam todas as funções vitais, mesmo dormir. Flutuam facilmente graças a grande quantidade de gordura e nadam com rapidez, usando apenas as nadadeiras, servindo as patas como leme. São muito especializados para o mergulho; suas asas rígidas assemelham-se às aletas de outros vertebrados nadadores. São capazes de deslocar-se a uma velocidade de 40 km/h. Costumam passar a maior parte do tempo na água, nadando com a ajuda das asas. Podem ser vistas, embora raramente, nas praias do Rio de Janeiro e Cabo Frio, para onde são levadas pelas correntes marítimas.
Pingüins sob o gelo.

Alimentação

Eles são ativos e rápidos para alcançar suas presas, o bico é robusto e comprido, adaptado a apanhar e reter crustáceos, moluscos, peixinhos, sépias e outros animais marinhos de pequeno porte, sua alimentação preferida.

Mansinho

São muito mansos e só agridem o homem quando ele se aproxima demais do lugar onde foram postos os ovos e onde são criados os filhotes. São divertidos, simpáticos e curiosos. Se capturados ainda jovens, são facilmente domesticados, podendo até afeiçoar-se a quem os trata.

Gestação e filhotes

O período de incubação dura de 5 a 6 semanas - os pais se revezam na busca do alimento, para que o ovo nunca fique abandonado. Nas primeiras semanas de vida, o pingüim comerá alimentos que os pais já digeriram e ficará sobre a guarda permanente de um ou outro, protegido dos demais pingüins e aves como a gaivota. Quando adquire o tamanho do pai, a penugem é substituída por penas, sinal que é tempo de aprender a nadar, e é tempo de abandonar o local e voltar ao mar, onde permanecerão (por vários meses) até recomeçar o ciclo.

Pinguim-imperador

Pingüim Imperador

Pinguim-Imperador e Pinguim-Rei

As maiores espécies são o pinguim-imperador (Aptenodytes forsteri), que pode alcançar altura superior a 1,2 m, e depositam seus ovos (somente um ovo) nos meses mais frios (Julho e Setembro), sob tormentas de neve, ventos gelados e temperatura de 50 ou 60 graus abaixo de zero.
O pinguim-rei (Aptenodytes patagonica), que chega a medir entre 90 cm e 1 m, reproduzem-se no verão polar (de Outubro a Março).
Tanto o pinguim-imperador como o pinguim-rei, incubam o ovo aos pés, cobertos por uma dobra de pele entre as pernas, e as crias permanecem sob estas dobras protetoras por um breve tempo, apenas o suficiente para que consigam regular sua temperatura corporal. Ambos caracterizam-se por apresentar grandes manchas alaranjadas ou amarelas nos lados do pescoço.
Filhote de pingüim sobre os pés do pai.

Pinguim-de-Barbicha

O nome pinguim-de-barbicha dado aos Pygoscelis antarctica, deriva de uma faixa preta que possuem no queixo. Em caso de perigo ele foge sempre para a terra, mesmo que o perigo venha daí, e busca os pontos mais altos do terreno. Quando pressente que seus dias estão chegando ao fim, ele atinge o máximo de lugares altos como colinas, onde ficarão aguardando o próprio fim. Seu habitat preferido fica na Geórgia do Sul, na Antártida.

Pinguim-De-Olho-Amarelo

O pinguim-de-olho-amarelo (Megadyptes antipodes) vive nas ilhas ao sul da Nova Zelândia. Embora conhecido como "grão-pinguim", tem dimensões médias (75 cm).

Spheniscus demersus

O Spheniscus demersus é representante da espécie mais comum de pinguins, adapta-se aos climas mais temperados, parte da África e, às vezes, até Angola.

Spheniscus magellanicus

Spheniscus magellanicus alcança o litoral do Rio de Janeiro, indo até Cabo Frio. É a espécie mais comum de nossos zoológicos e é encontrada nas praias do litoral sul.

Classificação científica

  • Reino - Animal
  • Sub-reino - Metazoa (metazoários)
  • Filo - Chordata (cordados)
  • Subfilo - Vertebrata (vertebrados)
  • Classe - Aves
  • Ordem - Sphenisciformes (esfenisciformes)
  • Gêneros e Espécies - vários


segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Com ou sem coluna vertebral

Os Vertebrados
Os animais que possuem coluna vertebral são chamados vertebrados. Eles se dividem em 5 grupos.
  Aves - Elas são cobertas de penas. Possuem patas e asas.
    
 
Mamíferos- Sua pele é coberta de pêlos. A fêmea alimenta os filhotes com o leite de suas mamas.
     

  Peixes - Sua pele é coberta de escamas. Eles respiram dentro da água.
      

  Répteis - Sua pele é coberta de escamas.
   

Anfíbios - Eles têm a pele lisa e úmida, sem pêlos, nem plumas, nem escamas.


 

Os Invertebrados
Os animais que não possuem coluna vertebral são invertebrados.

  Insetos- Eles têm 6 patas.
  Aracnídeos- Eles têm oito patas.
  Crustáceos- Eles possuem várias patas e muitas vezes apresentam garras.

    

  Centopéias - Elas têm muitas patas: podem chegrar a cem!
  Moluscos- Eles possuem um corpo mole, com ou sem casca.
 

  Vermes - Eles têm o corpo mole, cilíndrico ou achatado.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Gato persa.

O Persa de pêlo longo é, sem dúvida, a raça de gatos mais famosa e a mais popular do mundo. É dotado de uma extraordinária variedade de cores e de marcações. Ele serviu, e serve ainda, no mundo todo, para a "produção" de outras raças - por exemplo, o Sagrado da Birmânia, uma variedade de Rex chamada Selkirk e o Pêlo Curto Britânico, dentre outros - com a introdução de novas cores nestas raças e, em alguns casos, melhorias na conformação e formato do crânio.
Uma característica a salientar é que o Persa de Pêlo Longo é extremamente sereno e afetuoso, dando-se muito bem com outras raças e até com cães. Ele também é muito tolerante com as crianças.
Os cuidados com sua pelagem são, provavelmente, o ponto mais importante a ser considerado para os proprietários desses gatos. O Persa de pêlo longo é um companheiro ideal para as pessoas que querem um gato de caráter simpático e que gostam de dedicar algum tempo para os cuidados diários que a sua exuberante pelagem impõe.
Muito provavelmente, o Persa de pêlo longo descende dos Angorás da Turquia, e teria chegado a Europa pelas mãos do explorador italiano Pietro Della Valle, em meados do século XVI.
A primeira descrição precisa da raça aparece no livro de história natural de Georges Louis Leclerc Bufon (1707-1788), e a primeira exposição de felinos foi organizada por Harrison Weir, em 1871, no palácio de Cristal, em Londres, onde participaram a rainha Vitória e o Príncipe de Gales como proprietários e expositores de exemplares Persas. Em 1910, foi criado, na Inglaterra, o "Governing Concil of the Cat Fancy of Great Britain", quando foram estabelecidos os primeiros padrões da raça Persa, sempre ocupando uma posição de destaque dentro da aristocracia Felina.
O persa é tradicionalmente conhecido pelo seu temperamento dócil e tranqüilo, com capacidade de adaptar-se a mudanças ambientais. Possuem uma voz doce e melodiosa, quando comparado às demais raças. Muito carinhoso, demonstra nitidamente o apreço pelo seu proprietário.
Extremamente limpo, "foge" de locais sujos e mal cheirosos, e seus hábitos diários são basicamente a alimentação, higiene e cuidados com o pelo, diversão e sesta.
Espirituosos e brincalhões, encontram diversão nos objetos mais simples, e até nas próprias sombras. Seu interesse por diversão não se altera na fase adulta, continuando a brincar e a provocar seu "dono" para que participe da diversão.
Ele pode permanecer por horas deitado no seu lugar favorito na casa, sem que pareça estar prestando atenção ao que acontece ao seu redor, mas sem perder a aura de aristocrata que tantas pessoas admiram. Os Persas adoram carícias, cafunés e todas as expressões de carinho, e raramente mostram suas garras, a não ser quando "amassam" o nosso colo "ronronando" (é uma demonstração de que estão gostando muito da situação).

O Padrão da Raça

Nas últimas décadas, muitos criadores de gatos Persas, através de processos seletivos nos acasalamentos, foram modificando algumas das suas características: forma mais arredondada do crânio, nariz muito mais curto e com posicionamento mais alto, o que provocou um rosto absolutamente achatado e, conseqüentemente, a mudança do padrão nas Exposições.
Para se ter uma idéia da transformação, um "Grande Campeão" dos anos 70 não teria nenhuma chance competindo hoje. A seguir, a descrição do atual padrão do gato Persa estabelecido pelo Cat Fancier's Association (CFA) dos Estados Unidos.

ASPECTO PADRÃO

GERAL
O Persa ideal deve dar a impressão de uma ossatura pesada. Um gato bem equilibrado, com uma expressão doce, linhas suaves e redondas. Os olhos redondos e grandes bem afastados numa grande e redonda cabeça, contribuem para um aspecto global expressivo. A pelagem espessa e longa suaviza as linhas do gato e acentua a aparência arredondada.
CABEÇA
Redonda e volumosa, com grande largura de crânio. Uma face redonda por cima de uma também redonda estrutura óssea, bem posta num pescoço curto e espesso.
NARIZ
Pequeno, achatado e largo, com o topo terminando centrado entre os olhos.
BOCHECHAS
Cheias.
MANDÍBULA
Larga e poderosa.
QUEIXO
Cheio, bem desenvolvido, firmemente arredondado que reflete uma mordida forte.
ORELHAS
Pequenas, arredondadas nas pontas, voltadas para frente, e não excessivamente abertas na base. bem afastadas entre si e posicionadas na parte arredondada e quase na lateral da cabeça.
OLHOS
De cor brilhantes, grandes e redondos, bem afastados um do outro, dando uma doce expressão à face.
CORPO
De tipo curto, com pernas curtas, largo e profundo no tórax, igualmente volumoso nos ombros e ancas, com uma bem arredondada parte traseira. Boa musculatura sem evidências de obesidade. De tamanho grande ou médio. Na avaliação, a qualidade predomina ao tamanho.
PERNAS
Curtas, espessas e fortes. Patas dianteiras retas. Patas posteriores retas quando vistas por trás.
PATAS
Grandes, redondas, e firmes. Dedão do pé na parte traseira da pata, cinco nas da frente e quatro nas detrás.
RABO
Pequeno, mas proporcional ao comprimento do corpo. Sem curvas e num ângulo abaixo do dorso.

PELAGEM: longa espessa e abundante. De textura fina, brilhante e cheia de vida. Espalha-se por todo o corpo, inclusive os ombros. Uma juba imensa e comprida formando um babador que desce por entre as pernas dianteiras. Tufos longos nas orelhas e no dedão do pé.

Um Pouco de sua História

O Gato Persa, tem seu nome devido a sua origem na Pérsia. Trazido para a Itália por Pietro Della Valle por volta do ano de 1700, não possuía as características atuais. Seu porte físico e sua cara eram mais parecidas com as de outros gatos, porem tinham uma longa e espessa pelagem.
Após aproximadamente um século, iniciam-se suas transformações, em primeiro, com cruzamentos de Persa com Angorás, para tornar sua pelagem longa e espessa, em uma pelagem mais sedosa e fina.
Perto de 1870 um grupo de criadores, começa os cruzamentos seletivos, com trabalhos genéticos, com a finalidade de obter um padrão ideal para a raça.
Hoje em dia, reconhecer um Persa não é muito difícil, porem temos vários padrões e categorias para os Gatos de Pelo Longo, como são chamados na Inglaterra, ( País que para cada cor em conjunto com certas características representa uma diferente raça; em outros paises da Europa e EUA, todos recebem o nome Persa).
No entanto, o temperamento da raça não difere.
O Persa raramente mia e quando o faz, quase não se houve. Calmo, companheiro e extremamente carinhoso, nunca recusa o colo de seu dono , normalmente retribuindo a atenção é caseiro e dorminhoco nunca recusando um afago.
Com este incrível temperamento, muitos consideram o Persa como o companheiro ideal nesta nossa moderna e movimentada sociedade.
Exigindo de seus donos apenas um cuidado especial com sua pelagem, que necessita de uma escovação regular e banhos freqüentes, alem é claro, de uma boa alimentação, água fresca, uma confortável cama e muito amor.

Padrões da Raça

( Estabelecidos pelas Federações Internacionais de Felinofilia )
Com corpo compacto, maciço e robusto, a cabeça deve ser grande, redonda e maciça com pequenas orelhas bem separadas e com belos tufos de pelos, olhos cor de cobre e brilhantes, bochechas cheias e nariz achatado, curto e posicionado bem na linha dos olhos. Suas patas e cauda são também curtas em relação a seu corpo.
Persas Show : conhecidos como gatos extremados ou top show, estes exemplares possuem todas as características estabelecidas pelas federações, podendo participar de Exposições Internacionais, com grandes chances de obter um bom resultado. Vale ressaltar que cada item julgado tem uma pontuação.
Persas Breeder : são gatos provenientes de uma excelente linhagem, filhos de campeões, nascidos em uma ninhada de gatos Show, porem não possuem as características necessárias para serem um Gato show ( possuem caudas mais longas, nariz um pouco abaixo do recomendado, orelhas um pouco maiores, ) . Porem estes gatos possuem um excelente Pedigree, carregando uma genética muito boa, podendo no futuro gerar filhotes extremados.
Persa Pet : com ou sem pedigree, filhos de pais Persas, porem não possuindo dentro de suas descendências gatos dentro do padrão desejado, em conseqüência, nunca podendo gerar um filhote Show .

Variações de cores

Persas de cores Sólidas : são os Persas tradicionais, nas cores Preta, Azul, Ruiva (Vermelho), Creme, Escama ou AzulCreme.
Bicolores e tricolores : a principal característica pretendida nesta criação, é um V branco invertido sobre os olhos, o que ocorre com mais freqüência nos Ruivos, Pretos e Azuis, assim os que possuem esta característica são muito apreciados
No caso dos Bicolores, temos ainda as cores : Creme e Branco, Lilás e Branco e Chocolate e Branco, todos com os olhos cor de cobre. O colorido cobre em média 2/3 do corpo destes Persas e podem ser para exemplares Machos ou Fêmeas.
Exclusivo para as Fêmeas, temos as cores , Escama de Tartaruga ( Fios Pretos misturados a cor Ruiva e Cinza, muito parecido com um casco de tartaruga ), Azul / Creme, Azul / Creme / branco ( Cálico Diluído ), Escama de Tartaruga / Branco (Cálico Sólido). Nestes exemplares a cor Branca deve ocupar 1/3 de seu corpo e suas manchas devem ter as cores bem definidas.
Nesta categoria, temos ainda os Escama de Tartaruga / Chocolate, e os Persas com manchas coloridas restritas a cabeça e cauda.
Unindo - se todas as cores acima , acrescente a cor Fumaça, assim teremos o reconhecido Persa Bicolor Fumaça.

ORIGEM

Até meados do século XVI não se conhecia a existência de gatos de pêlo longo na Europa. Os primeiros antepassados documentados do persa vieram da pérsia, importados para Itália, no ano de 1620, pela mão de Pietro della Valle e, quase na mesma época, Nicholas-Claude Fabre Peiresc importou-os para a França, provenientes da Turquia, provavelmente do tipo Angorá branco. Estes gatos foram muito apreciados pela aristocracia europeia. Luís XV possuía um persa Angorá branco.
Na primeira metade do século XIX, alguns gatos criados em Itália e introduzidos em França foram cruzados com gatos persa de origem turca. No fim do século XIX, o persa foi aperfeiçoado segundo os padrões, por Harrison Weir. A constituição entroncada originária ainda é uma marca essencial da raça, embora outras características tenha sido alteradas.
A primeira descrição precisa da raça aparece no famoso livro de história natural de Georges Louis Leclerc Buffon (1707-1788). Em 1871, Harrison Weir organizou a primeira exposição de felinos no Palácio Cristal, em Londres, onde participaram a rainha Vitória (2 exemplares azuis) e o Príncipe de Gales (posteriormente Eduardo VII) como patrocinador fornecendo um prémio especial.

CARACTERISTICAS

Descrição Geral:

A cabeça deve ser redonda e muito maciça, com caixa craniana muito ampla e larga. O rosto deve ser redondo, com expressão doce. As mandíbulas devem ser fortes e poderosas, com bochechas cheias e proeminentes e a oclusão deve ser perfeita. O nariz pequeno deve ser quase tão largo quanto comprido, com um stop bem definido entre os olhos. Os olhos devem ser grandes, expressivos e redondos e colocados distantes um do outro; com a cor em conformidade com a cor da pelagem, dá-se preferência a cores mais ricas e profundas.
As orelhas são bastante pequenas e devem estar colocadas baixas na cabeça, acompanhando o contorno redondo. O peito deve ser profundo; igualmente maciço entre os ombros e as ancas com um abdómen curto e arredondado e costas rectas. A cauda deve ser curta e carregada em um ângulo mais baixo do que as costas, mas nunca curva ou a arrastar no chão. Vistos de frente, as pernas devem ser curtas e rectas, perpendiculares à largura do peito, realçando a aparência robusta. O gato deve ser firme ao toque, sem, no entanto, ser gordo. A aparência geral deve ser a de um gato bem equilibrado e balanceado, o conjunto dando a impressão de robustez e poder. A pelagem deve ser cheia de vida. Deve ser longa em todo o corpo, inclusive na altura dos ombros. O colar deve ser imenso e continuar em uma profunda franja entre as patas dianteiras. Variações sazonais de pelagem devem ser consideradas.
Deve apresentar excelente saúde e boa tonicidade muscular. Todas as partes do corpo devem estar bem proporcionadas.
Peso: 3.5 a 7kg.

Pelagem

Comprimento: longa.
Textura: macia e sedosa.
Considerações Gerais: deve ser densa e brilhante, colar farto (10 a 20 cm). Deve-se levar em conta variações sazonais
Cores: todas as cores são aceites (consulte no menu lateral "as cores do gato")

Defeitos

Cabeça

Longa ou estreita; longo nariz romano, focinho fraco, prognatismo inferior ou superior severos, deformidades na mordida.

Assimetria

Já que a natureza nunca cria uma estrutura absolutamente simétrica, deve ser aceita uma estrutura de cabeça obviamente assimétrica (boca nariz ou outros elementos tortos ou descentrados). Eventuais assimetrias devem ser penalizadas de acordo com a gravidade do problema.

Olhos

Pequenos, colocados obliquamente ou demasiadamente próximos; cor pálida.

Orelhas

grandes, pontudas; demasiadamente inclinadas, oblíquas à cabeça ou colocadas demasiadamente próximas.

Corpo

Peito estreito, costas longas, flancos achatados; pescoço longo e delgado; cauda desproporcionadamente longa; pernas longas, leves ou arqueadas; pés ovais ou dedos separados; tônus muscular debilitado e fraco.

TEMPERAMENTO

Serenos, observadores, dóceis, Elegantes e graciosos, os gatos Persa têm a cara achatada, o corpo rechonchudo e podem ser encontrados em diversas cores como branco, vermelho, lilás, azul, chocolate, preto, entre outras combinações. De temperamento pacato e dócil, eles têm as patas fortes e curtas, não sendo muito adeptos de saltos.
A cabeça é redonda e das orelhas saem tufos de pêlos. Os olhos grandes e redondos, podem ser azuis, verdes ou alaranjados. O seu pêlo é frágil e macio, exigindo escovagem diária para que não fiquem emaranhados. Como poucos gatos gostam de água e sabão, um banho ocasional manterá a higiene do seu persinha em dia. Mas esta rotina deve começar quando ele ainda for jovem.
Os gatos Persa são animais de hábitos serenos, preferindo uma casa com ambiente seguro e tranquilo. Mas nada impede que este felino se adapte à residências mais barulhentas e movimentadas. Tudo o que ele precisa é muito carinho e confiança. Adapta-se perfeitamente à solidão e a uma vida de apartamento. Na verdade o seu pêlo não está preparado para a rua. É bastante dado ao seu dono, adapta-se bem a pessoas, crianças, outros gatos e outros animais. Face a estranhos pode mostrar-se mais distante, mas calmo.

Crescimento

Atinge a puberdade bastante tarde, mais ou menos aos 12 meses (altura em que a gata tem o primeiro cio e o gato começa a interessar-se por gatas, podendo marcar território). A maturidade chega aos dois anos. As gatas costumam ter partos difíceis e com baixo número de crias.
Problemas de Saúde típicos: os gatos mais apurados com um nariz muito achatado têm olhos continuamente lacrimejantes. Anomalias na dentição. O tamanho da cabeça das crias pode provocar problemas no parto.

Persa atual descende de gatos de Ankara, na Turquia e da Pérsia, atual Irã.
De temperamento calmo, corpo robusto, pelagem longa, focinho achatado e cauda curta. Pode ser facilmente reconhecido entre as demais raças.
É a raça preferida no mundo tudo e a mais geneticamente alterada pelo homem.
A primeira aparição do Persa foi em uma exposição na Inglaterra, em 1871. De lá pra cá, muita coisa mudou.
O excessivo e progressivo achatamento do focinho começou a ocasionar problemas de saúde e em 1993, preocupados com isso, as associações de criadores em todo mundo passaram a evitar a produção de Persas com a cara achatada demais.
Os graves problemas de saúde devido ao focinho excessivamente achatado eram:
Prejuízo à respiração pelo estreitamento exagerado das narinas; Rinite alérgica
Irritação e infecção ocular por causa de ductos lacrimais estreitos ou sem orifício
Diminuição do tamanho do crânio e conseqüente subdesenvolvimento do cérebro, causando danos neurológicos, como problemas locomotores.
Deslocamento dos maxilares, causando abertura permanente da boca.
Por essa razão, Persas com cara excessivamente achatada não são mais aceitos. Essa orientação é seguida também no Brasil.
Para saber se um Persa possui achatamento excessivo de rosto, verificar se a ponta do nariz fica mais alta que a extremidade inferior dos olhos.
A qualidade da raça no Brasil vem aumentando a cada ano.
Os olhos do Persa devem ser redondos, grandes e sem sinais de estrabismo.
Existe um grande número de cores e desenhos de pelagem para os Persas. No início, só haviam cores sólidas. Atualmente já são reconhecidas mais de 100, criadas por mutações espontâneas e cruzamentos dentro da própria raça ou fora dela. Isso faz do Persa o gato com maior variedade de cores entre todas as raças.
Por ser um gato de pelos longos é muito importante que se faça escovação da pelagem, isso influi não só na beleza, mas também na saúde. A escovação impede que o felino engula pelos em excesso e deve ser feita com pente de aço e escova de cerdas naturais. Na época da muda, normalmente duas por ano, o ideal é escovar uma vez ao dia e nos demais meses, quatro vezes por semana.
Além da formação da "bola de pêlos" no estomago, a ingestão excessiva de pelos também provoca gastrite crônica e obstrução do intestino, úlcera perfurada e até câncer.
Além dos produtos à base de óleo mineral, dados pelo veterinário, ter em casa ervas comestíveis plantadas, facilita a eliminação dos pêlos através das fezes. Os gatos as procura espontaneamente.
Para embelezar o pelo pode-se dar banho. Os Persas que participam de exposições o tomam com freqüência. Há xampus importados especiais para determinadas cores de pêlo (branco, preto etc).
Os banhos também ajudam a combater sarnas, fungos e alergias, se dados com shampoos próprios, recomendados pelo veterinário. Depois do banho, é preciso verificar se o gato está bem seco, inclusive nas axilas, barriga e orelhas - pontos mais suscetíveis a fungos e dermatites.
As pelagens dos Persas de cor creme, azul e preta ficam queimadas se muito expostas ao sol. Para preservá-las, o ideal é que não tomem mais de uma hora de sol, restrito ao período da manhã.
Os Persas com a cara muito achatada são propensos à secreção lacrimal intensa, que mancha muito os pêlos ao redor dos olhos, especialmente os mais claros. Para remover as manchas, recomenda-se passar diariamente no local um pedaço de algodão embebido em água morna, filtrada, fervida e depois um produto importado próprio para isso.
Outro problema comum na raça são problemas de parto, devido ao tamanho da cabeça do filhote. Os filhotes costumam ter problemas para passar pelo canal do parto devido a cabeça muito larga. Sendo assim o parto deve ser acompanhado de um veterinário.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Aquários estilosos

Design moderno e inusitado para a “casa” dos seus peixinhos
Esqueça aqueles aquários de vidro comuns, com formato redondo ou retangular. Estes modelos diferentes vão dar mais estilo ao recipiente onde ficam seus peixinhos. Assim, a peça ganha um destaque ainda maior na decoração da sala ou de qualquer ambiente em que for exposta. Confira estas cinco ideias:
Um peixe dentro de outro: aquário criado pela designer italiana Alessandra Baldereschi
Com pedrinhas brancas, o modelo criado pelo estúdio japonês W+K Tokyo Lab imita o formato de um tênis
 
Este lembra uma luminária. O espaço para o peixe fica pendurado em uma estrutura de metal. Da Opulent items
 
No formato do inimigo: o modelo da This Next tem orelhinhas de gato
Divertida, esta peça vem com um pescador de bronze. Da Wrapables
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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Animais em extinção

A exploração inadequada dos recursos naturais, sem um plano de manejo adequado, tem causado a extinção de centenas de espécies da fauna brasileira.

De acordo com a nova lista do Ibama, lançada no dia 22 de maio de 2003, existem cerca de 400 espécies em vias de extinguir-se, e 8 já extintas. Essa lista foi revista e atualizada em parceria com a Fundação Biodiversitas e Sociedade Brasileira de Zoologia, com o apoio da Conservation International e do Instituto Terra Brasilis.

Isso significa uma perda irrecuperável para o patrimônio natural brasileiro, considerado o mais biodiverso do mundo. Grande parte destas extinções acontece devido a alterações no habitat destes animais, como mudanças em cursos de rios, desmatamento excessivo e à captura e posterior venda ilegal de animais silvestres.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Tipos de cobra

As cobras, encontradas com muita freqüência no Pantanal e de diversas espécies, não chegam a ser uma ameaça ao homem ou para o gado.
Existem as não-venenosas como a cobra-dágua (Liophis militaris), e a cobra-de-duas-cabeças, que são 24 espécies diferentes. Tem ainda a cobra-cega e a cobra-cipó (Rholubrideas), além da venenosa coral (Micrurus elaps) e da falsa coral (Elapomorphus) esta última sem veneno. Existem ainda, cobras muito venenosas como: a jararaca (Bothrops jararaca) e a jararaca-do-banhado, também chamada de cobra-nova; a cobra-tapete, que é jararacuçu, e a cascavel (Crotalus terrificus), que os índios chamam de boicininga, que em tupi quer dizer cobra com ruído. A cobra-preta ou muçurana é a devoradora de cobras, e a jibóia é a cobra constritora, que pode atingir de 3 a 5 metros, todas, com o corpo coberto de escamas, formando desenhos variados.
Cobras
Vivem em campos e matas, muitas vezes no chão, onde se confundem com a folhagem devido às suas cores e aos desenhos de sua pele, mas podem ser encontradas também nas árvores. Preferem lugares secos e geralmente dormem durante o dia. Não são agressivas, freqüentemente fugindo quando pressentem a presença do homem.
Caçam a noite, vários tipos de animais, entre os quais aves, lagartos e, principalmente roedores. São ovíparas e a ninhada varia de 20 a 50 filhotes que nascem com cerca de 50cm.
As jibóias podem ser observadas nas encostas das serras que limitam o Pantanal, longe das áreas inundáveis. E algumas podem ser criadas domesticamente, atacando os ratos e não passando de dois metros de comprimento.
Cobras
A Sucuri (Eunectes murinus) estão entre as maiores serpentes do Brasil, não atingindo porém o mesmo tamanho das sucuris da Amazônia. Com coloração pardo-acinzentado e com ventre amarelada. Vivem sempre a beira dágua, nadam bem e passam a maior parte do tempo dentro de lagoas, rios e banhados, onde apanham suas presas. A sucuri pode chegar a 8 metros de comprimento e 75 cm de largura - e cresce bem mais do que isso na imaginação do povo que vive nas matas. Encontradas com freqüência em matas ciliares ou, em repouso, dormindo enrodilhadas em touceiras de capim ou outro tipo de vegetação, mas sempre perto de água. Têm hábitos noturnos. Alimentam-se de peixes, aves aquáticas e mamíferos de pequeno e médio porte, que matam por constrição. Após a refeição passam vários dias digerindo o alimento, ocasião que se tornam lentas e podem ser facilmente apanhadas. Quando em cativeiro, ficam até mais de um ano sem se alimentar.
Não picam suas vítimas, mas, utilizando-se de sua incrível força muscular, mata qualquer presa em que consiga se enroscar; arrochando os laços e voltas com que enleia o corpo da vítima, quebra-lhes os ossos. Assim, ao mesmo tempo, mata e prepara para a deglutição.
São ovíparas, com ninhadas de 15 a 30 filhotes, que nascem com até 1m de comprimento e se alimentam de rãs e peixinhos.
Não possuem veneno, mata suas vítimas por estrangulamento, quebrando-lhe os ossos para degluti-la e em seguida digeri-la numa longa hibernação.
Cobras
O tamanho da sucuri leva muitas lendas sobre seus hábitos alimentares. Diz-se por exemplo, que ela é capaz de engolir um boi, mas o crânio e os chifres do animal ficam atravessados na sua boca. E como o estômago não consegue digerir, ficam estendidas no chão, como se estivessem mortas, não podendo se mover, até que o ventre apodreça juntamente com o alimento; então as aves de rapina lhes dilaceram o ventre e devoram, ao mesmo tempo que o seu repasto; depois, informe e semi-devorada, a sucuri começa a se reformar, crescem-lhe a pele, volta à sua antiga forma.

As cobras constituem o Grupo dos ofídios, ou serpentes. No Brasil, encontramos quatro famílias de cobras:

Boídeos

Serpentes grandes, não venenosas, muito fortes, que matam por constrição, enrolando-se em suas vítimas e apertando-as até que elas sufoquem.

Crotalídeos, ou Viperídeos

São cobras peçonhentas (venenosas), que injetam seu veneno através de dentes ocos situados na parte anterior da cabeça.

Elapídeos

Serpentes peçonhentas, que injetam o veneno através de dentes sulcados, na região anterior da boca.

Colubrídeos

Apresenta diversas espécies de cobras não venenosas, algumas bastante úteis ao homem.
Dentro da zoologia SERPENTES ou OPHIDAE é a terminologia dada a Ordem à qual as serpentes pertencem. Cobra é o termo dado por alguns países de língua inglesa a um tipo de serpente que não ocorre no Brasil, a Naja. Nos países de língua espanhola 'culebra', (cobra) refere-se a serpente não-peçonhenta e 'serpiente', à serpente peçonhenta. Na Europa denomina-se 'víboras', as serpentes peçonhentas.
Mas qualquer que seja a designação popular, estes animais, dentro da ciência, pertencem à Classe dos RÉPTEIS. Originário do latim, Reptum significa rastejar, uma alusão ao tipo de locomoção característico dessa classe de animais. Mas o que agrupa um conjunto de indivíduos dentro dessa Classe Reptilia não é o fato de como se locomovem e sim por possuírem basicamente:
Esqueleto completamente ossificado e com vértebras características (Vertebrados); Corpo revestido por escamas ou placas; Quatro, dois ou ausência de membros locomotores; Coração perfeitamente dividido em 4 câmaras porém os ventrículos são parcialmente unidos (à exceção dos crocodilianos...); Respiração sempre pulmonar; Temperatura do corpo variável com a do meio - ambiente (ectotermia ou pecilotermia) e Fecundação interna, geralmente com órgãos copuladores abrigados na cauda do macho. Além do grupo das serpentes (Ordem Squamata/SubOrdem Serpentes), outros répteis mais conhecidos são:
os lagartos (Ordem Squamata/SubOrdem Lacertilia), os cágados, jabutis e tartarugas (Ordem Chelonia) e os jacarés, crocodilos e aligatores (Ordem Crocodilia). Cada Ordem possui suas particularidades e a SubOrdem Serpentes é caracterizada pela:
ausência de membros locomotores ou vestígios de cintura pélvica (em Boídeos) ausência de ouvido externo, médio e tímpano ausência do osso esterno ausência de diafragma a pálpebra é fixa, semelhante a uma lente de contato mandíbulas inferiores não soldadas, unidas por um ligamento frouxo normalmente apenas um pulmão, dois apenas nas famílias primitivas

TROCA DE PELE

As serpentes possuem o corpo revestido por escamas queratinizadas. A queratina é uma substância presente em outros animais em diferentes formas. As escamas dos peixes, as penas das aves, os pelos, unhas e cabelos dos mamíferos são constituídos por queratina à qual possui, entre outras funções, evitar a perda d'água pela transpiração e diminuir o desgaste causado pelo atrito do solo com o corpo (no caso dos Répteis). Essa camada de queratina que recobre toda a pele reveste até o olho, de maneira que não há pálpebra móvel, ou seja, elas não piscam pois a pálpebra fica aderida ao olho como uma lente de contato, dando proteção e evitando o dessecamento.
A camada externa das escamas, devido a queratina, é rígida. Quando o animal cresce necessita trocá-la, pois o aumento das dimensões do corpo não é acompanhado por essa fina película. Dessa forma, por debaixo da pele antiga, uma nova camada e ligeiramente maior forma-se. Quando a nova estiver pronta, um líquido se forma entre as duas para facilitar remoção da antiga. Este processo chama-se de muda e a pele velha começa a se desprender no focinho e, conforme o animal se locomove pelo chão, saindo invertida como se estivéssemos retirando uma 'meia' apertada de nosso pé.

A visão das serpentes

A visão não constitui um órgão de orientação com muita precisão. As serpentes de hábitos noturnos enxergam pouco, afinal, no escuro os olhos não teriam muita eficiência. Aqueles com atividade diurna possuem uma visão mais apurada, porém, sem grandes detalhes. Podemos dizer, salvo raríssimas exceções, que sua visão é míope. Essa deficiência, em obter uma imagem focada é causada pelo cristalino, uma espécie de lente gelatinosa presente nos olhos de todos os vertebrados. Nos mamíferos, por exemplo, essa lente é alongada e flexível, focando a imagem com auxílio de músculos especiais. No caso das serpentes, o cristalino é esférico e rígido sendo, simplesmente, deslocado para frente e para trás, não havendo acomodação dessa 'lente' para definir com precisão o contorno das imagens.

A audição das serpentes

Se a visão não é boa, a audição pouco ajuda. As serpentes não possuem ouvido externo, médio e nem tímpano. São praticamente surdas. Não são capazes de ouvir sons mas sim vibrações físicas (mecânicas) fortes, como passos, queda de objetos, etc..., que chegam ao cérebro do animal por um 'longo caminho'. A mandíbula da serpente está constantemente em contato com o solo ou sobre seu próprio corpo. Para a serpente captar um 'som', a vibração precisa atingir a mandíbula para que esta vibre e estimule um pequeno osso (chamado columela) que une a base da mandíbula à caixa craniana. Se a columela vibrar, a serpente percebe o som sem, contudo, precisar corretamente a direção.
Parece ser surpreendente como estes animais, não possuindo patas, tendo visão deficiente e aparentemente surdos consigam orientar-se na escuridão e capturarem seu alimento, como um morcego em pleno vôo, com exímia precisão.

O olfato das serpentes

O principal órgão de orientação, capaz de suprir as deficiências visuais e auditivas é o olfato. As serpentes não sentem o cheiro propriamente pela narina.Todo o sistema de captação de partículas dispersas no ar, que constituem o odor, é realizado pela língua.
Quando em movimento, as serpentes agitam constantemente a sua língua bífida (com duas pontas). Cada vez que a língua é projetada para fora da boca, uma secreção grudenta faz com que as partículas dispersas no ar fiquem aderidas às duas pontas, razão pela qual ela vibra rapidamente para que a maior quantidade possível de elementos fiquem aderidos às extremidades. Quando a língua é retraída, antes de ser limpa e banhada novamente com a secreção, cada ponta , com a secreção contendo as partículas coletadas no ar, é introduzida em um orifício localizado no 'céu da boca' onde as partículas são depositadas e analisadas. A ponta que estava mais próxima da fonte de odor terá mais partículas e isto é o suficiente para fornecer com precisão a direção. Para cada ponta existe um orifício correspondente.
A análise rápida desses odores permitem, mesmo em completa escuridão, reconhecer o ambiente, procurar alimento e se proteger de agressores.

Um sensor infravermelho

Para serpentes de hábitos diurnos a pouca visão e o olfato eficiente são totalmente satisfatórios para a atividade de caça. Mas as serpentes noturnas não contam com a visão pois a ausência de luminosidade a torna ineficiente. Assim sendo, mesmo com um olfato apurado, reconhecer o ambiente e perceber a presença de alimento é apenas parte do problema. É preciso saber em que direção e distância exata a presa se encontra e ainda como apanhá-la, se estiver se movimentando. Algumas dessas serpentes de hábitos noturnos, desenvolveram um mecanismo de localização de alimento extremamente eficiente e preciso.
As serpentes são carnívoras e caçadoras por natureza. Só comem proteína animal e recém-capturada.
Todos os animais de 'sangue quente' (aves e mamíferos), corretamente denominados de homeotérmicos, emitem raios de calor do tipo infravermelho, formando uma espécie de 'áurea' invisível... As serpentes noturnas, que alimentam-se de animais homeotérmicos, possuem, de cada lado da cabeça, um orifício entre o olho e a narina, chamado de Fosseta Loreal. Estas aberturas, direcionadas para o focinho do animal, possuem uma membrana ricamente enervada com terminações nervosas capazes de perceber variações de calor de até 0,5 graus Celsius num raio de 5 metros de distância.
As emissões de calor, emanadas pelo animal homeotérmico, atingem a membrana e, por meio das enervações ligadas ao cérebro, criam uma 'imagem térmica' altamente precisa, fornecendo o tamanho do animal (através das concentrações dos raios infravermelhos ), a distância (através da variação de temperatura) e os movimentos (pelo deslocamento da 'imagem térmica').

Peçonhenta ou venenosa?

Toda a substância capaz de causar dano ou matar um organismo é chamada de toxina ou veneno. Os seres vivos que secretam substâncias tóxicas são denominados de venenosos. Os venenos são secretados por glândulas especiais que podem estar associadas a estruturas específicas para inoculá-lo. Os animais que produzem veneno e possuem um aparato especializado para injetá-lo são conhecidos como Peçonhentos.
Os sapos, por exemplo, possuem glândulas (parótidas) de veneno localizadas na superfície externa da pele, próximo à cabeça. Essas glândulas não possuem a capacidade de expelir o veneno a menos que sejam pressionadas por agentes alheios a vontade do sapo. Dessa forma ele é um animal venenoso porém Não-Peçonhento, pois, por si só, não é capaz de envenenar outro animal.
Todas as serpentes são venenosas mas poucas são peçonhentas. Nas serpentes o veneno é uma solução enzimática com finalidades, principalmente, digestivas.
Nas peçonhentas a capacidade digestiva está associada à ações tóxicas que neutralizam e matam os animais, que fazem parte de sua dieta, durante a captura. Assim podemos perceber que as serpentes peçonhentas possuem veneno muito mais potente e perigoso para o Homem do que as não-peçonhentas. O veneno é produzido em glândulas especiais que nada mais são do que glândulas salivares modificadas, cuja 'saliva' é a toxina.
Essas glândulas raramente ficam vazias pois são capacitadas a ter uma 'reserva' para vários botes seguidos. O veneno é constantemente secretado sendo que, uma vez totalmente extraído, em cerca de duas semanas a glândula estará novamente cheia. O aparelho utilizado, pelas serpentes peçonhentas, para injetar seu veneno são dentes diferenciados, conhecidos como presas de veneno. A grande maioria das serpentes apresentam na parte superior da boca duas fileiras de dentes e outras duas na região inferior (maxilares inferiores). Estes dentes são maciços, não sendo ligados a nenhuma glândula.
Cobra
Meninos, não tentem fazer isso em casa! ( foto Marcos Buononato - Bioterium)
Existem, em menos de 10 % das espécies brasileiras, algumas espécies que apresentam dentes diferenciados dos demais, ocos e com uma abertura diagonal na extremidade, como uma agulha hipodérmica. Estes dentes (presas) são ligados diretamente às glândulas de veneno e a parte oca, com uma estrutura perfurante na ponta, constitui o mecanismo de inoculação deste veneno em um outro animal. A abertura diagonal, em fenda, impede o entupimento durante a perfuração, garantindo a inoculação do veneno no momento do bote, mesmo que este, por exemplo, atinja um osso.
A diferenciação precisa e correta entre serpentes peçonhentas e não-peçonhentas é realizada pela presença ou não destas presas e veneno. Durante os séculos de colonização vários 'métodos' de identificação entre serpentes 'venenosas e não venenosas' (o termo correto é peçonhenta e não-peçonhenta) foram introduzidos e disseminados no Brasil, trazidos pelos europeus. Estes parâmetros de identificação de serpentes, como pupila vertical, cabeça triangular e cauda grossa, são erroneamente ainda divulgados (quase 500 anos após o descobrimento... ), pois tratam-se de características de serpentes européias e africanas.
Na natureza não existem regras exatas. No Brasil (e América do Sul) a identificação prática, indicada para a diferenciação entre serpentes peçonhentas e não-peçonhentas é através da Fosseta Loreal.
Cobra
Localizaçào da fosseta loreal ( foto Marcos Buononato - Bioterium)

"TODA SERPENTE QUE POSSUIR FOSSETA LOREAL É PEÇONHENTA." ( As cobras corais representam a única exceção. )

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

A vida dos animais selvagens

Lobo

Nome Cientifico do Lobo
Cannis lupus

Foi a partir do lobo que todos os cães evoluíram.Actualmente, o lobo possui características marcantes que o separam do cão.Talvez a mais importante seja o modo como bebem água, enquanto o cão utiliza a língua para trazer a água à boca, o lobo sorve a água como se fosse um aspirador. Algumas pessoas pensam que, em cada ninhada de lobos, um bebe como os cães, sendo depois abandonado pela mãe e afastado do resto da alcateia, e que esses animais terão dado origem ao cão e, posteriormente, ao cão domesticado.Os lobos vivem em alcateias que podem conter entre 5 e 10 elementos, dependendo do próprio núcleo familiar e da altura do ano. Os lobos têm duas pelagens distintas, a de Inverno, mais densa, de maior comprimento e de cor acinzentada, que cai no início da Primavera. Nasce então uma pelagem mais curta, que fica até ao início do Inverno, com uma tonalidade de cor mais acastanhada, que lhe confere maior capacidade de camuflagem.Em todas as alcateias há um líder, que é respeitado pelos demais e que guia todo o grupo pelo seu território.Em Portugal, não são muitos os sítios onde podem ser encontrados lobos em liberdade. O Nordeste Transmontano talvez seja o local onde mais facilmente poderá ter um encontro com estes belos animais. Também é possível encontrar alguns lobos no Parque Nacional da Peneda Gerês e no Distrito da Guarda, na Serra de Leomil, embora se pense que poderão apenas existir aqui uma ou duas alcateias.Contudo, em Portugal os lobos estão a atravessar uma fase de declínio e a sua sobrevivência está ameaçada. Este declínio começou com uma caça intensa a esta espécie, e nos últimos anos, tendo a caça sido proibida, surgiram os envenenamentos. Outro factor importante tem sido o facto de cada vez haver menos cervídeos em liberdade e essa era a sua maior fonte de alimento. Os fogos florestais vão reduzindo o território e o número de presas, e os lobos passam então a ter de se alimentar de gado, sobretudo ovelhas, provocando enormes prejuízos aos pastores, que vêm assim os seus rebanhos dizimados. Apesar de estar contemplado que esses serão monetariamente recompensados pelos danos, o facto de os pagamentos demorarem muito tempo leva a que alguns achem que a única solução é acabar com os lobos nas suas zonas de pasto.Pensa-se que, em território português, pode haver cerca de 200 lobos, talvez um pouco mais.Os lobos não são uma ameaça para os humanos, pelo contrário, o Homem é que é um perigo para o lobo. A história do lobo mau não é mais que um velho conto infantil, criado com o objectivo de fazer prevalecer essa ideia.Os lobos, quando adultos, podem atingir cerca de 30 kg de peso e viver cerca de 15 anos.

Raposa

A raposa é o carnívoro selvagem com maior distribuição e abundância do mundo. Tem um focinho esguio, rematado por umas orelhas longas e pontiagudas, e uma cauda espessa e vistosa com cerca de 50 cm de comprimento. A pelagem é castanho-avermelhada, e as patas estão dotadas de garras não retrácteis. O corpo e a cabeça apresentam um comprimento que pode variar entre 60 a 90 cm, e um peso entre 5 a 10 kg. As fêmeas são sensivelmente menores que os machos.
É um animal com uma actividade essencialmente crepuscular e uma dieta quase exclusivamente carnívora. Dela fazem parte pequenos mamíferos - coelhos, lebres, ouriços-cacheiros -, aves, peixes, insectos, e ocasionalmente frutos silvestres e cultivados. Os desperdícios humanos são também procurados em épocas de maior carência, sendo por isso comum aproximarem-se de lixeiras próximas de centros urbanos. Consome cerca de 500 g de alimento por dia. O que não caça e não come no próprio dia esconde para consumo superior. Chega a ter cerca de 20 esconderijos de comida, conseguindo lembrar-se de todos eles. Nas zonas rurais, por vezes assalta os galinheiros, tendo o hábito de matar em excesso, o que lhe vale uma má fama entre essas comunidades. Vive em grupos, formado por um macho adulto e várias fêmeas.
A época de acasalamento ocorre em Janeiro/Fevereiro e os nascimentos verificam-se na Primavera, tendo a gestação uma duração de cerca de dois meses. A ninhada - uma por ano - é geralmente composta por 4 a 5 crias. Utiliza tocas escavadas e protegidas pela vegetação, construídas por ela própria ou aproveitando as de texugos ou coelhos. Vive um máximo de 9 anos.

Anaconda

O nome científico da anaconda é Eunectes murinus
Também conhecida por Sucuri, entre outros nomes locais, esta grande serpente habita um pouco por toda a América do Sul, desde a floresta amazónica até à Argentina.Conhecida como sendo uma das maiores serpentes do mundo, juntamente com a Piton da Ásia, esta espécie ganhou a fama de ser uma comedora de homens. No entanto, até agora, nunca ninguém viu uma anaconda a devorar um ser humano, e tal como noutros casos, não passam de lendas, que vão passando de boca em boca, e de montagens fotográficas duvidosas. A anaconda é inclusive muito fugidia em relação aos humanos, evitando-os a todo o custo.Apesar de tudo, temos de considerar essa possibilidade, já que o grande tamanho das fêmeas permitiria que o fizessem com muita facilidade.A anaconda não é uma serpente venenosa, mata por constrição. Depois de apanhar a presa pela zona do pescoço, a anaconda envolve-se em torno do seu corpo e começa a apertar. Sempre que a vítima expira, a anaconda aperta mais, até que a presa deixa em definitivo de respirar e morre.Da ementa favorita das anacondas fazem parte peixes, aves, capivaras e outros pequenos mamíferos existentes nesta zona. Por vezes, é referido que comem pequenos bezerros e felinos de alguma dimensão, no entanto, curioso é o facto de comerem jacarés, já que aparentemente não se enquadram na sua maneira de caçar.As anacondas fazem emboscadas nas margens de lagos, rios e pântanos. Quando a sede aperta e os outros animais vão beber água, a anaconda ataca.Os machos são de pequena dimensão, cerca de 4,5 m quando adultos, já as fêmeas podem atingir os 9 m.Esta espécie é vivípara, ou seja as crias desenvolvem-se dentro da mãe, saindo quando já estão perfeitamente desenvolvidas e capazes de sobreviver sozinhas. O tempo de gestação é de cerca de 240 dias, nascendo depois até 30 pequenas serpentes.Nesta espécie, a taxa de mortalidade é muito elevada, podendo haver ninhadas em que nenhum animal sobrevive até à idade adulta, já que nos territórios por elas habitado existem demasiados predadores atentos, que vão das aves até outros répteis, passando pelos humanos.Uma anaconda pode viver cerca de 30 anos.

Leão

O nome científico do leão é Panthera leo
O leão vive num vasto território, que vai desde o Centro até ao Sul de África. Existe ainda um grande número de indivíduos, principalmente nas reservas existentes neste continente, embora em alguns territórios tenha sido quase extinto, devido às constantes guerras de que essas zonas são palco. Existem muitos exemplares espalhados pelos zoos de todo o mundo, havendo também muitos particulares que mantêm estes felinos nas suas propriedades. Estes animais, regra geral, são pacíficos, já que são capturados enquanto jovens, podendo contudo tornar-se violentos se o alimento faltar, ou na época do cio.O leão é também frequentemente usado nas actividades circenses. No entanto, em alguns casos são mantidos em condições físicas muito degradantes. Os leões vivem em grandes famílias, constituídas por um macho dominante, muitas fêmeas e crias. Os jovens machos são afastados do grupo logo que atinjam a maturidade sexual pelo macho dominante, voltando frequentemente para disputar com este a liderança do grupo. Frequentemente, o domínio do grupo é disputado por outros machos e, se o macho até então dominante perder, o novo macho tentará eliminar todas as jovens crias da linhagem do antigo dominador.Nos grupos de leões, a caça está reservada às fêmeas. Estas esperam que uma manada de qualquer uma das suas presas favoritas passe perto, e montam emboscadas colectivas. Frequentemente, o número de animais abatidos é superior ao necessário, pois quando o ataque começa as leoas perdem a noção das necessidades, acabando por matar muitos animais.Apesar de não participar nas caçadas, o macho é o primeiro a comer, principalmente se o número de presas for pouco. Só depois de saciado é que o macho cede o lugar às fêmeas e aos jovens.Os machos que não possuem territórios juntam-se em grupos e têm de tentar caçar, ou então esperam pelos restos de carcaças que eventualmente possam encontrar, ficando com muita frequência famintos, dada a sua inabilidade para a caça.As fêmeas solitárias ou com crias caçam sozinhas para alimentar a sua prole. No entanto, necessitam frequentemente de fazer várias investidas até serem bem sucedidas.As presas preferidas dos leões são as zebras, gnus, impalas e outros pequenos cervídeos e antílopes da savana. Em tempo de poucas presas, podem atacar búfalos e girafas, mas estes animais são evitados, já que um ataque mal planeado pode ser fatal para o predador, no caso dos búfalos, devido às marradas e no caso das girafas, devido aos coices.As leoas podem ter crias a cada dois anos. O tempo de gestação dos leões é, em média, de 100 a 108 dias, tempo ao fim do qual nascem entre três e quatro filhotes. As crias nascem com pequenas manchas tigradas nos membros, que desaparecerão por volta dos seis meses. Só os machos desenvolverão a sua característica juba. A mãe amamenta os filhotes em exclusivo durante alguns meses, após o que começa a partilhar com eles o seu alimento e a ensiná-los a caçar, deixando de se ocupar da ninhada por volta do ano.Os leões podem medir cerca de 1,90 m, ter 90 cm de altura e pesar 150 kg. Vivem cerca de 20 anos.

Chita

As chitas podem, neste momento, ser encontradas no Centro e Sul do continente africano. Este animal já foi presença frequente no Médio Oriente e em alguns territórios asiáticos, embora actualmente seja muito raro avistá-lo nestas paragens.Ao contrário de outros felinos africanos, a chita é um animal solitário, que só se faz acompanhar pelos filhos, se os tiver. Os irmãos também se mantêm juntos durante algum tempo após a mãe considerar que estão preparados para viverem sozinhos.A chita é um animal extremamente veloz. Apresenta características morfológicas diferentes de outros felinos, nomeadamente, as suas unhas não são retracteis, e todo o seu corpo é músculo moldado para ser um velocista, não utilizando a força como maior trunfo.O seu tamanho corporal limita o tamanho das presas que a chita consegue caçar, mas a sua velocidade permite que apanhe presas que também sejam muita ágeis.Sendo o animal terrestre mais veloz, chega a atingir os 110 km por hora, e nunca pode fazer corridas superiores a 10 segundos. Por este motivo, a chita tem de caçar à primeira, pois se falhar vai ter de esperar até que a sua temperatura volte ao normal para poder voltar a perseguir uma presa. Assim, a chita escolhe uma vítima em campo aberto, e vai lentamente tentar uma aproximação, alheando-se de todos os outros animais, para aumentar a probabilidade de sucesso. Se chegar ao ponto de achar que vai ser bem sucedida, tentará então um ataque de surpresa.As prezas favoritas das chitas são as gazelas e impalas, que consegue arrastar com facilidade e que permitem não sofrer muitos danos físicos, se eventualmente falhar.Dada a sua estatura e o facto de viver de forma solitária, a chita encontra muitos carnívoros, nomeadamente as hienas, que sistematicamente vão tentar levar a sua presa. Então, quando caça, leva a presa para uma zona mais protegida e de onde possa observar os movimentos em seu redor para mais facilmente poder defender-se.

Jaguar

O jaguar é o maior felino do continente americano, vivendo num vasto território que cobre o Sul dos Estados Unidos, toda a América Central e quase toda a América do Sul. Este animal, também conhecido como onça, ou onça pintada, prefere viver em florestas tropicais, onde se sente camuflado e em segurança.

Como o leopardo, seu parente dos tempos em que a África e a América do Sul estava ligadas, o jaguar gosta de subir às árvores e aí devorar as suas presas. Apesar da sua enorme agilidade, faz emboscadas para capturar as suas presas terrestres, só atacando no último instante, mesmo sabendo que dificilmente iria perder a sua peça de caça. Em terra, gosta de capturar cervídeos e capivaras, conseguindo ainda dominar com muita facilidade um lama, ou mesmo uma cabeça de gado bovino.

Mas não é só em terra firme que este poderoso felino caça, atacando muitas vezes, nas zonas de rio e pântano, jacarés e grandes cobras e, ao que parece, não se faz sentir rogado quando é necessário tomar um banho para capturar um peixe, de que tanto gosta, já que é um nadador exímio.

O facto de atacar cabeças de gado criou-lhe muitos inimigos entre os produtores de carne do Sul do Brasil e da Argentina, pelo que estes lhe movem grandes caçadas para tentarem evitar que o seu gado seja ferido, mutilado e muitas vezes abatido por estes predadores natos. Apesar de se ressentir com este facto, o jaguar já encontrou refúgio em algumas reservas para a protecção da fauna, e muitos continuam a viver em liberdade, pelo que a sua sobrevivência não estará posta em causa, durante mais algum tempo.

Animal de hábitos solitários, o jaguar gosta de vaguear por longos espaços, procurando sempre um local onde a caça abunde, não se fixando muito a um território.

Na época do cio, estes animais percorrem longas distância para encontrar um parceiro. Os jaguares fazem gestações de 100 a 108 dias, nascendo normalmente dois ou três filhotes. Depois de nascerem, as crias são protegidas pela mãe, até que esta as considere capazes de caçar e sobreviver sozinhas, o que só acontece após o ano de idade.

Os jaguares podem medir 2,00 m, ter 80 cm de altura e pesar cerca de 90 kg e a sua esperança de vida ronda os 30 anos.

Leopardo

O leopardo habita fundamentalmente em florestas tropicais e húmidas em África e na Ásia, com especial incidência na Índia. No entanto, também pode ser encontrado em zonas desses continentes com outros tipos de vegetação. A sua grande capacidade de adaptação permite-lhe ainda viver em territórios tão inóspitos como as montanhas do Afeganistão, as terras semi-desérticas do Médio Oriente, ou na savana africana.Os animais desta espécie têm hábitos de caça predominantemente nocturnos. De dia, gostam de passar longas horas a dormir e a lavar a sua bela pelagem, refastelados nos troncos das árvores, que são especialistas em subir para manter a posse das presas. Estas são também levadas para as árvores, evitando assim que um qualquer grupo de necrófagos lhas roube. Por este motivo, os leopardos não caçam, por norma, animais muito grandes, optando por presas de tamanho médio, que podem também arrastar durante longos períodos. Da sua ementa habitual fazem parte antílopes, javalis, símios e pequenas peças de gado que, por vezes, rouba nas zonas em que há rebanhos, principalmente cabras. Os leopardos, apesar de serem animais muito ágeis, evitam fazer longas corridas atrás das suas presas, preferindo fazer emboscadas onde sabem que, provavelmente, vão ser bem sucedidos.Quando chega a época da reprodução, os machos e as fêmeas fazem longas caminhadas, até encontrarem um parceiro disponível. Logo que é consumado o acto, afastam-se um do outro, ficando a fêmea com o ónus de alimentar as crias, até que estas estejam em condições de caçar e sobreviver sozinhas. A gestação de uma fêmea de leopardo dura cerca de 100 dias, e as ninhadas são constituídas, em média, por quatro filhotes.Por causa da sua pele, cuja venda é extremamente rentável, os leopardos foram e continuam a ser caçados por caçadores furtivos. Este factor levou ao seu quase extermínio em algumas zonas. Devido aos seus hábitos furtivos e ao facto de gostarem de viver em zonas muito arborizadas, não é possível fazer uma estimativa credível sobre a quantidade de indivíduos que vagueia por todos os territórios onde existem leopardos.No entanto, sabe-se que em cativeiro a reprodução de leopardos é fácil e regra geral os filhotes sobrevivem sem grande dificuldade, o que é um bom indicador do que acontecerá na Natureza.O leopardo é, de entre todos os grandes felinos, aquele que mais se parece com o gato doméstico: ágil, dorminhoco, brincalhão e extremamente cuidadoso com o seu pêlo.Um leopardo pode medir cerca de 1,50 m, ter 80 cm de altura e pesar até 90 kg. A sua esperança de vida é de 30 anos, maior que a dos outros grandes felinos, em geral.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Lugar de animal de estimação não é na praia

Vai viajar para o litoral e quer levar seu bichinho junto? Sem problemas, desde que você o mantenha bem longe da areia e da água do mar. Animais na praia podem transmitir sérias doenças para as pessoas, além de eles próprios correrem o risco de desenvolver certas doenças.

Riscos ao homem

Cães e gatos com determinadas verminoses podem contaminar a areia através de fezes e urina com ovos, causando as seguintes doenças nos humanos:

Bicho geográfico: umas das doenças mais comuns em praias. As larvas do verme podem penetrar na pele das pessoas e causar dermatite serpiginosa. Apesar de não ser considerada grave e os sintomas se restringirem a pele, as lesões características são incômodas e de difícil tratamento. De todas, é a mais facilmente transmitida no ambiente praiano.

Larva migrans visceral: neste caso, a transmissão ocorre quando há ingestão acidental dos ovos, geralmente quando levamos a mão suja à boca. As larvas do verme podem se alojar em diferentes órgãos e tecidos do corpo, causando sintomas que variam desde dores abdominais, náuseas e vômitos, até diminuição da visão ou cegueira, quando a larva atinge tecidos oculares.

Dipilidiose: também é transmitida pela ingestão acidental dos ovos, além das pulgas contaminadas. O verme se instala no intestino humano, cresce, podendo chegar aos 50cm de comprimento. Os sintomas são dores abdominais, diarréia e perda de peso.

Protozoários: seus cistos também se espalham no ambiente através das fezes, causando quadros de diarréia leves a graves, principalmente em crianças pequenas.

Outro ponto importante que deve ser lembrado são os possíveis acidentes que envolvem seu cão com outras pessoas estranhas. Ambientes cheios de gente podem estressar os animais, gerando reações inesperadas até em cães que sempre foram mansos.


quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Cães e gatos têm que escovar os dentes

Cuidar da higiene bucal do seu pet é um passo para evitar problemas de saúde em seu bichinho de estimação, pois a doença bucal mais comum em comum é a periodontal.

Ela é causada pela placa bacteriana, que inflama a gengiva, causa mau hálito e, se não for tratada, pode evoluir para a retração gengival e óssea, e, com este problema os dentes podem cair. E, pior que a perda dos dentes, a doença periodontal pode levar a complicações de saúde, pois as bactérias da boca vão para a corrente sanguínea e atingem órgãos vitais, como coração, pulmões, fígado e rins.

Recomendações

A principal medida para evitar as doenças é controlar o acúmulo de placa bacteriana. O ideal é realizar a escovação diária dos dentes, que deve ser feita com escova macia e pasta própria para animais.

Rações secas e ossinhos ajudam no controle da placa, mas nada substitui a escovação.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Como manter os dentes do seu cão saudáveis

 Vamos admitir: todo cão tende a exalar um hálito forte. Mas, quando dá para sentir o aroma a distância e ele parece insuportável fique de olho. De olho na boca do animal. Em uma situação dessas, é possível que você note uma área mais avermelhada nas gengivas e até pequenos pontos sangrando. São sintomas típicos das doenças periodontais, provocadas pelo acúmulo de tártaro e placa bacteriana nos dentes. A menor das ameaças, no caso, é seu cachorro terminar banguela. Sim, porque esses males podem abrir brechas para micróbios que atacam órgãos vitais como coração, rins e fígado.

Nada disso acontece quando o cão é submetido a escovações diárias nos dentes e o ideal é que ele se acostume com isso desde filhote e essa rotina evita as infecções por trás do mau hálito, que ameaçam a saúde do bicho.

Se o seu animal não está acostumado a esse trato diário no sorriso, nunca é tarde para começar. O mais difícil, às vezes, é disciplinar o dono, pois ele precisa reconhecer a importância da escovação para se sentir motivado.

O momento de cuidar dos dentes deve ser prazeroso para o cão, assim você não corre riscos de ser mordido, e, quando for apresentar a escova e a pasta dental, recompense com um petisco. Dessa forma, ele associará o momento da limpeza a um agrado.

Tanto a escova quanto a pasta devem ser apropriadas para o uso canino. O creme dental, aliás, pode ser engolido, porque cachorro não faz bochecho nem cospe. O sabor? Existem pastas com gosto de carne, de frango... Caso o tártaro já tenha se instalado, o jeito será partir para o tratamento, que consiste em raspar as gengivas e polir os dentes. E sempre leve seu cachorro ao dentista — pelo menos uma vez por ano.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Nutrição Balanceada é ítem importante para a saúde dos cães

Uma das principais dúvidas dos proprietários de cães nos dias de hoje é com a qualidade e a variedade dos alimentos disponíveis no mercado de pet food. O hábito de alimentar nossos melhores amigos com produtos industrializados no Brasil é relativamente recente e, ainda há muita gente reticente e persistente em alimentá-los com comida caseira, normalmente preparadas com arroz, carne bovina ou frango e legumes, ou mesmo com as sobras de sua alimentação, incluindo na dieta do seu "filho" itens como: pizza, pão, macarrão, hambúrguer, churrasco, frutas ácidas, queijos gordurosos, entre outros.

O que muitos se esquecem é que hoje podemos alimentar nossos cães com o que há de melhor em conceito de nutrição animal. Produtos extremamente palatáveis, balanceados nutricionalmente de acordo com a necessidade do animal e produzidos com ingredientes nobres. É possível destacar fontes protéicas como frango, salmão, ovo em pó e carboidratos como o arroz, enriquecidos com minerais quelatados, ômega 3 e 6 , polpa de beterraba, yucca, pré e próbiótico, condroitina e glicosamina, além de uma digestibilidade que pode chegar a 95% em alguns alimentos denominados Super Premium.

Todo conceito de evolução da nutrição em um só produto pode ser traduzido, dedicado e desenvolvido de acordo com as necessidades, tamanho e fases de vida do seu cão, gerando benefícios e resultados como: longevidade, saúde digestiva, crescimento otimizado, tamanho ideal de grão, pele e pelagem brilhantes, proteção articular, dentes saudáveis, alta digestibilidade e energia metabolizável, além de um menor volume de vezes.

A necessidade nutricional de um Yorkshire de menos de dois quilos de peso é bem diferente da necessidade de um Basset Hound de 22kg ou de um Golden Retriever de 42 kg. Desde filhotes até a idade adulta, exigem alimentos com balanceamento nutricional, quantidade, tamanho do grão e energia metabolizável completamente diferentes uns dos outros. O tempo de crescimento de um filhote de raça pequena também é diferente de um animal de raça média ou de raça grande.

Portanto, sempre que for escolher um alimento para o seu cão, peça ajuda a um veterinário especialista em nutrição, informe-se com o balconista da sua loja, pesquise o site da empresa de pet food, leia as embalagens de produtos, ingredientes, e não vá apenas pelo custo, pois este, sem estar associado ao benefício, pode sair caro para você e para quem, desde os primórdios é considerado o melhor amigo do homem.


quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Pet:doenças de verão

 A pele de cachorros e gatos merece atenção especial no verão. O clima quente facilita a proliferação de micoses, pulgas e carrapatos que transmitem doenças aos animais, até mesmo aos que moram em apartamentos.

Os carrapatos transmitem a hemoparasitose, que causa anemia e a falta de alimentação do animal, enquanto as pulgas transmitem vermes, que aparecem como se fossem pequenas sementes nas fezes do bicho. Os pernilongos também são grandes vilões para os caninos. As picadas deste tipo de inseto podem causar alergia.

Os animais que possuem o hábito de se lamber o tempo todo deixa os gatos com menos riscos de ter pulgas ou carrapatos na pele. Entre os felinos são mais comuns as dermatofitoses, micoses que são adquiridas pelos gatos por meio de toalhas, cobertores e escovas.

Estas doenças podem ser evitadas com boa alimentação e secando bem o animal após o banho, sem deixá-lo úmido, e lembre-se, para evitar estes tipos de problemas e aborrecimentos, utilize um bom anti-pulgas a cada 30 dias, durante toda a vida do animal.

Problemas do Calor

O calor não causa pressão baixa apenas nos humanos, mas também em animais. Se o animal estiver abatido ou procurando constantemente por um lugar frio, é possível que ele esteja passando por este tipo de problema, que é mais comum entre os cachorros de menor porte, como os das raças lhasa apso, shitzu e yorkshire.

Outro problema constante nos dias quentes são as dores de ouvido, em que muitos donos aproveitam para dar banho em seus cães ou levá-los para um banho de mar. Para evitar mais este inconveniente, tampe as orelhas do animal com bastante algodão.

Para evitar este tipo de problema, o dono pode diminuir o tamanho do pelo no verão e deixar crescer para o inverno.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Dicas para levar seu animal de estimação na viagem de férias

Antes de levar o seu animal de estimação para as férias, pense em uma série de detalhes. Não basta colocá-lo no banco de trás e sair tocando o automóvel em direção ao destino. Até porque, no Brasil, o transporte de animais de maneira irregular pode gerar multa de R$ 85 (quatro pontos na carteira) e até retenção do veículo. Conheça as dez dicas para a viagem ideal:

1º - Não dê alimentos ao animal quatro horas antes do percurso. Para água, a regra deve ser de uma hora antes. Em caso dos felinos, o jejum é de duas horas antes do percurso.

2º - Depois de rodar por uma hora, pare o automóvel e desça com o cão para possíveis necessidades fisiológicas. Um pouco de água é necessária para hidratação. Quanto maior o porte do animal, mais curtas devem ser as paradas.

3º - Leve acessórios do animal como ossinhos, brinquedos e outros itens, para que ele se sinta em casa.

4º - É obrigatório levar a carteira de vacinação e um atestado de trânsito emitido por médico veterinário particular (chamada guia de trânsito).

5º - Nunca dê comida durante a viagem: isso causa enjôo e altera o sistema digestivo.

6º - Rode com seu animal antes da viagem em distâncias curtas para que ele se acostume com o movimento do automóvel.

7º - O ar-condicionado deve ficar em uma temperatura próxima da externa.

8º - Não levar o animal solto nem com a cabeça para fora. Uma distração que o motorista tenha com o movimento do bicho pode ser fatal.

9º - Existem no mercado de pet shop calmantes naturais. Informe-se sobre o melhor com o seu veterinário, se isso for necessário.

10º Outro produto que pode facilitar a sua vida são as fraldas veterinárias, que podem evitar um desastre na viagem.

Hoje já existe uma infinidade de produtos que facilitam o transporte de animais de estimação em automóveis. Para os bichos de pequeno porte, existem as caixas ventiladas de transporte. Já para os maiores, a saída pode ser a coleira que se adapta ao cinto de segurança (todos os ocupantes no banco traseiro devem usar o cinto de segurança). Existe ainda a solução das divisórias que são fixas por ventosas e determinam um espaço para o animal ficar dentro do carro. No caso dos pássaros, as gaiolas devem viajar cobertas para evitar que o barulho ou o movimento anormal assustem o bicho de estimação.

Se o dono seguir os passos citados acima, a probabilidade de que aconteça algum incidente é mínima e sem dúvida a viagem será mais prazerosa e segura.

 O que vocês acham comentem!